A mais nova série de Star Trek é recheada de polêmicas e reclamações de fãs por trazer certas inconsistências com o resto da franquia. Talvez o maior problema de Discovery seja a falta de um foco na tripulação da nave, principalmente quando falamos do capitão que troca a cada temporada.
Toda série de Star Trek sempre foi identificada por seu capitão e a forma como ele comandava sua tripulação. Na Série Clássica foi o Kirk, na Nova Geração foi o Picard, em Deep Space 9 foi o Sisko, em Voyager foi a Janeway e em Enterprise foi o Archer. Discovery decidiu ser diferente e escolher uma outra oficial para ser a protagonista da série. O problema é que assim não temos como ver como a tripulação lida ao se deparar com uma cultura diferente, já que a série foca mais em mostrar os problemas relacionados apenas com aquela oficial e quando precisa encarar um problema maior, a tripulante precisa passar por cima do capitão para fazer a história seguir em frente. Com um capitão fixo na série e sendo assim um dos protagonistas, a série pode mostrar como são os exploradores do futuro, incluindo a cadeia de comando fazendo com que a tripulação evolua juntos como sempre foi.
Dentre os protagonistas, o Saru é o mais indicado para ser esse capitão afinal ele era primeiro-oficial desde a primeira temporada e evoluiu muito como personagem na segunda. Além de ser interpretado pelo Doug Jones que consegue transmitir todas as emoções possíveis mesmo escondido atrás de máscaras (que aliás parece ser a especialidade dele). Provavelmente, o ator mais experiente , sendo inclusive o protagonista de um filme vencedor do Oscar: A Forma da Água.
Como primeiro-oficial, Saru já assumiu a cadeira de capitão temporariamente em alguns momentos e a cada uma dessas vezes, ele se aprimorou e ficou mais confiante. Com a terceira temporada, Saru poderia assumir de vez o posto de capitão e assim te riamos o primeiro capitão alienígena em uma nave protagonista de Star Trek.
