Breaking Bad foi uma série que conquistou uma legião de fãs com uma história sem um herói e sem um vilão muito claro. Uma história sobre o professor de química que passa a fabricar metanfetamina e acaba criando um império em torno disso. O professor Walter White tinha um parceiro durante a o seriado que era ex-aluno dele e fazia o tráfico propriamente dito, além de negociar com traficantes maiores.
Como a série era focada no Walter White, seu parceiro Jesse Pinkman acaba sem ter um final sendo que em sua última aparição, ele havia acabado de escapar de uma casa de neonazistas e agora precisa dar um jeito de conseguir ter uma vida decente, longe do crime. O problema é que todo mundo sabe que ele esteve naquele cativeiro e a polícia está atrás dele.
O filme mostra Pinkman tentando conseguir o dinheiro necessário para escapar para o Alasca e mudar sua identidade para sempre e assim deixar para trás sua vida como traficante de metanfetamina. Por irônia, para conseguir limpar seu nome ele acaba precisando sujar ainda mais ele.
Grande parte dos atores da série voltam a dar seu show de atuação nesse filme lançado diretamente para a Netflix, em especial Aaron Paul que consegue passar todo o sofrimento de passar vários meses em um cativeiro apertado em cada cena. Diferentemente da série que trazia alívios cômicos para contrastar com a densidade que a história tinha, o filme é mais difícil de se assistir já que não deixa praticamente nenhum alívio cômico e ainda te faz entrar dentro do sofrimento de um traficante que passou meses em uma jaula e que quer sair dessa vida de tráficos e assassinatos mas que a cada momento se vê tendo que matar e roubar para conseguir o dinheiro necessário para apagar sua identidade e ter uma chance de recomeçar.
Um filme recomendadíssimo para quem já assistiu a série Breaking Bad. Quem nunca viu, conseguirá compreender o que está se passando no filme porém receberá diversos spoilers sobre o fim da série, então sugiro que assistam todas as temporadas de Breaking Bad e depois vejam El Camino.
