Ao longo desta última semana de abril, o presidente Bolsonaro mandou retirar do ar um anúncio belíssimo do Banco do Brasil simplesmente porque não havia gostado. O anúncio mostrava várias pessoas de diferentes etnias e idades tirando selfie, servindo para mostrar o aplicativo do BB. Não duvido que poderia disputar prêmios, mas ao invés disso foi mandado para a gaveta.
Depois disso, decretou que qualquer anúncio de empresa estatal deveria passar pela aprovação do governo, independentemente se fosse institucional ou mercadológico. Com isso, todos os anúncios ficariam exatamente iguais (afinal, quem ousaria ser criativo e correr o risco de ter seu anúncio bloqueado?).
Isso é triste para qualquer publicitário, afinal creio que vários escolheram essa carreira justamente pela oportunidade de criar diferentes maneiras de conseguir solucionar o problema apresentado pela empresa, eu inclusive. Ao mesmo tempo, o ministro da Educação decreta que vai parar de investir dinheiro em Sociologia e Filosofia, porque são áreas que supostamente não dão futuro e todos deveriam escolher faculdades que gerem uma renda garantida como Enfermagem, Engenharia, Medicina ou Advocacia.
Mesmo que depois, Bolsonaro tenha voltado atrás com relação à interferência nas empresas estatais (só porque o presidente esqueceu de checar a Constituição de seu próprio país com relação a esse assunto), a intenção do presidente do País das Maravilhas parece ser combater o comunismo fazendo todos andarem iguaizinhos! Abaixo a diversidade.