Thor é mulher; Hulk é asiático; Capitão América é negro; Mulher-Maravilha é brasileira; Lanterna Verde é gay; Superman é bi.
Pode parecer chocante para alguns, mas isso não é coisa "da esquerda". Isso é capitalismo puro!
O mercado, especialmente o da cultura pop, gosta de diversidade! Por que são legais e querem um mundo melhor?
Não! O motivo é simplesmente lucro. Você que faz parte desse grupo específico se identifica com o personagem principal e compra a revista.
Quando os super-heróis surgiram lá no final dos anos 30 com o pai desse cara aí da foto, eles tinham um público bem específico: homem jovem, americano, branco e hétero. Era esse o público que enxergavam como os consumidores de revistas em quadrinhos.
Mas com o tempo isso foi mudando: pessoas de diversos cantos do mundo passaram a consumir quadrinhos, mulheres, negros e imigrantes começaram a conquistar seus espaços com movimentos civis e hoje mais e mais pessoas estão criando coragem para se assumirem como LGBTQUIA+.
As empresas percebem isso e criam novos personagens para agradar esses novos públicos, assim surgem personagens como Pantera Negra e Mulher-Maravilha.
Muitas vezes, a preferência para colocar essas diversidades é escolher um motivo para o personagem original sair de cena e criar um novo para assumir aquele mesmo manto: Thor mulher é Jane Foster que se provou digna do martelo; Hulk asiático é Amadeus Cho, um antigo amigo de Bruce Banner; o Capitão América negro é Sam Wilson que assumiu o escudo quando Steve decidiu se aposentar; Mulher-Maravilha brasileira é Yara Flor que é de um futuro alternativo; o Lanterna Verde gay é de um universo paralelo chamado Terra 2; o Superman bi é Jon Kent, filho do Superman original com Lois Lane.
Isso acontece por dois motivos: aquele super-herói é uma marca já conhecida então fica mais fácil de deixar destacado e o segundo é porque sabe que vai gerar polêmica. Polêmica significa muita gente falando sobre determinado personagem, determinada revista e assim mais gente fica conhecendo e naturalmente mais gente fica interessada em consumir.
Então, meu caro amigo conservador que detesta diversidade "estragando a sua infância", vou te dar uma dica de ouro: guarde seus preconceitos para você! Se você vai no Twitter para atacar esta ou aquela revista, você estará simplesmente divulgando ela de graça.
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